Amor-próprio, meu primeiro e único amor.
Eu tentei não me render, mas foi em vão. Este meu “sangue doce”
para pessoas carentes ainda vai me levar à loucura.
Quando me apaixono, escrevo versos, choro,
morro de ciúmes e me “descabelo”.
Com você não foi diferente.
Você foi aquela que eu peguei para mim, estendi a mão e disse:
- “Vem, eu cuido de você.” E você veio sem medo.
Abracei-te bem apertado e sussurrei ao teu ouvido:
- “... A minha herança para você é o amor capaz de fazê-lo tranquila.”
Você sentiu toda força do meu coração.
Viu-me como o teu porto seguro, ou melhor,
porto seguro uma “ova”, você me viu como um idiota mesmo!
E eu, O “idiota da parada”, segurei mesmo todas as tuas frustrações,
tuas tempestades e inseguranças.
E eu te amava de qualquer jeito. Era capaz de amar até a tua covardia.
Quando você me dizia: - “Eu não sou capaz”,
eu mais que depressa retrucava: - “O que é isso? Claro que você pode.
Você é inteligente e blá, blá, blá”... Enfim, eu enchia a tua bola.
Ma a verdade é que eu acreditava mesmo em você,
para mim você era a “gostosona do pedaço”.
Mas acho que nenhum dos meus
cuidados foi suficiente para te segurar ao meu lado.
O meu amor foi pouco para você,
ou será que eu era demais para você?
Vai saber o que se passou nessa tua cabeça de vento.
E depois de sugar toda minha energia, você se foi.
E aquela ''Kibinha'' que eu cuidei, virou uma fera no cio e saiu
“gostando” de todos por aí.
Eu fiquei aqui, mais uma vez, enxugando minhas
lágrimas e lambendo minhas feridas.
Mas aprendi que o amor é mesmo igual a um jardim.
Plantamos as flores,
podamos a grama, regamos e elas ficam verdinhas.
Lindas! Aí vem um BOi .
pisoteia as flores, a grama, e come tudo.
Mas existe uma coisa que nem você,
nem os bois e nem as vacas vão conseguir destruir,
que é o meu amor - próprio.
Pelo menos este amor, eu tenho certeza, nunca vai me abandonar.